Olá pessoas abencoadas, o momento reflexão sa semana veio atrasado, mas garanto que vcs vão amar conhecer essa história!
Sejam abencoadas!
A CASA DO PAI (PARTE I)
“E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros (…)
Lucas 15:11-19
Descobri, não há muito tempo, essa paixão maravilhosa que é estudar a Bíblia sagrada.
São vários temas que me despertam atração e sede, mas nenhum mais me fascina do que a expressão do evangelho.
A boa notícia para nós que estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Ele pagou a dívida eterna que havia sobre nós!
Agora podemos ter acesso ao Pai pela graça obtida em Cristo!
E essa graça está vislumbrada claramente na sua Palavra.
Na passagem acima mencionada, um dos clássicos da bíblia, que todos nós já devemos ter ouvido dezenas de mensagens a respeito, quero compartilhar acerca do imenso e escandaloso amor de Deus para com a humanidade.
Antes de falar na famosa passagem, Jesus havia sido abordado pelos fariseus e escribas que não compreendiam a forma que Jesus se relacionava com as pessoas “desprezadas” da época.
Jesus quebrou a cortesia e suas “etiquetas”. Jesus sentou com o pessoal surrado, mendigo, sujo e publicano (politicamente reprovados na época).
Eles não aceitavam o fato de uma pessoa se dizer “Filho de Deus” e se “misturar” com gente daquele tipo. Os “sãos” não admitiam que os “doentes” estivessem sendo assistidos.
Então Jesus, como sempre, não dá uma resposta à altura. Ele responde de uma forma muito mais alta, profunda.
Ele os confronta de um modo que os despertaria em seu íntimo acerca da motivação daquele gesto.
Jesus fala, primeiramente, sobre o pastor que perdendo uma ovelha, deixa todo o rebanho e vai em busca da que se extraviou.
E diz que a alegria do homem ao encontrar sua ovelha perdida é muito menor que a festa anunciada nos céus por um pecador que se arrepende.
Em seguida, ele nos remete a uma mulher que havia perdido sua dracma (moeda grega). Esta, diante de tal situação, busca diligentemente por toda a casa localizar aquele bem.
E mais uma vez ele minimiza a celebração daquela mulher por achar sua suada dracma diante do júbilo aclamado no seio eterno.
E, por fim, ele vai mais fundo em sua analogia. Ele transcende o campo das necessidades e desejos. Ele coloca seus “críticos” na estrutura física mais íntima e intrínseca da alma humana: o seu sangue. Sim, pois mais que ovelhas ou dracmas ou qualquer outra matéria, nós amamos com toda intensidade ao nosso filho. Àquele que é nosso sangue.
E conta sobre um pai que recebe a terrível notícia que seu filho deseja sua herança para, assim, obter satisfações longe do seu lar. Longe da CASA DO PAI.
Antes de dar continuidade a seqüência desse relato quero aqui pensar com vocês sobre os motivos que levaram o jovem a ter tal decisão.
Afinal, que motivos levam um filho a abandonar o afago de seu lar?! O que motiva alguém a abandonar o ambiente que é sua origem?!
Talvez aquele rapaz se sentiu seduzido por propostas alimentadas por insatisfações não esclarecidas. Sim, algo de insatisfatório na casa do pai o levou a buscar realidades diversas daquela.
Mas que propostas ele teria enxergado fora da casa do Pai?!
Uma proposta que soou suavemente em seu coração foi a de LIBERDADE.
O jovem cansou de ter limites. O cercado da fazenda provavelmente não mais comportava seus desejos pessoais. Ele quis experimentar novos horizontes. Algo além da cerca!
Quem sabe este não desejava mais estar sob a direção e visão do seu pai. Possivelmente havia instintos ocultos no coração que ele não tinha coragem de expor na presença de seu pai pelo receio de ser reprovado, discriminado.
Um outro encanto produzido em sua mente seria o da NOVIDADE.
O moço ficou de saco cheio de ver as mesmas vaquinhas dando leite. Os trabalhadores do pai no seu ritmo cotidiano. As estações climáticas seguindo o seu curso natural. Nada era novo debaixo do céu!!
Seu coração então desejou novos ares, novas amizades, novas companhias, novas aventuras. Algo que o tirasse daquilo que ele encarava como mesmice insuportável.
E, pra fechar com chave de ouro, ele entendeu que longe dos olhos do pai ele poderia achar o grande prêmio da REALIZAÇÃO!!
Ele viu nessa longa viagem a oportunidade de ser notado. Ser bem recebido. Ser esperado. Talvez liberar explosões sexuais que afloravam sua juventude! Soltar o grito e não ter ninguém que pedisse seu silêncio!
A bíblia é muito precisa em alertar o homem sobre suas intenções longe de Deus.
Há caminho que ao homem parece ser bom, mas seu fim é morte (Pv 14:12)
No coração do homem nascem muitos desígnios, mas só Deus sabe conduzi-lo. (Pv 16:1)
O rapaz trilha o caminho que lhe pareceu muito bom.
O desígnio tão aventuroso que nasceu em seu coração foi atendido.
Despede-se do pai.
E começa sua lida rumo a “felicidade”.
Gastou toda a “precoce herança” que recebera.
Viveu as dissoluções que eram suplicadas por sua carne agora “livre”.
Mas o dinheiro … naturalmente, veio a acabar.
Os amigos da farra … “caíram fora”.
As amigas calientes … não o acharam mais “atrativo”
E sobre a região em que se encontrava veio grande escassez.
O pródigo que havia se arregalado na passageira bonança, agora via sua alma ser nutrida pelo desespero da fome.
Sem amigos. Sem “amigas”. Sem dinheiro.
Só lhe restou a oportunidade de apascentar porcos. Seres abominados pelos judeus por sua natureza imunda. Agora o lanche dos porquinhos dava água na boca do moço. O prato da imundícia despertando desejo ardente.
Já notou como isso continua acontecer em nossos dias?!
Os homens trilham um caminho pelo qual acreditam estar LIVRES.
Têm certeza de que estão saboreando as novidades que a vida tem a oferecer.
E esboçam um sorriso dizendo: EU SOU REALIZADO ASSIM! EU SÓ POSSO ME REALIZAR ASSIM!
E toda essa caminhada os leva a cair num poço profundo onde eles se sentem atraídos por coisas notavelmente sujas, imundas.
Já notou como as crianças e adolescentes se rebelam contra os pais e a sociedade e se acham “os tais” por isso. (e os pais acham bonito também)
Já notou como os jovens se enfiam na prostituição e em orgias e se acham o máximo por isso?!
Já percebeu que existem mulheres que detonam outras pessoas com suas línguas envenenadas e se acham as “rainhas da cocada preta”?!
Tantos homens traem suas esposas e toda a sua casa e acham que são “os caras” por tal “façanha”.
Apetite pelo imundo. Sede pelo seco. Realização … na ilusão do pecado.
Mas não existe um estado de miséria espiritual que não possa ser esmagada pelo peso da graça divina.
Ele é quem redime nossas vidas!
Não há distâncias que não possam ser alcançadas pelas misericórdias do Pai amado.
Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. (Sl. 103)
O jovem passa por um momento que parece uma mistura de nostalgia e saudosismo.
Ele lembra que tem um pai …
Recorda-se de que há um lar …
Até mesmo os trabalhadores tem satisfação …
O Espírito que convence o homem não só da miséria do pecado, mas também das riquezas e glória encontradas na casa do Pai, vai ao encontro do pobre rapaz.
Decide voltar e até ensaia o discurso de arrependimento e humilhação.
Mas ao voltar tem uma grande surpresa …
Continua (…)
By: Allan Melo
estão gostando?
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